No final dos anos 90, os arredores da Avenida Chucri Zaidan, lindeiros a Marginal Pinheiros, eram marcados por amplos quarteirões e imóveis desabitados, uma herança do passado industrial no bairro.

O processo de transformação de uma área que ocupa em torno de 200mil m² foi se formando em etapas, conforme grandes incorporadoras e construtoras atuaram na região, enquanto todos os empreendimentos são assinados por aflalo/gasperini arquitetos, que atua desde 1962.

A oportunidade de trabalhar com grandes terrenos não é frequente, por outro lado, quando esta chance aparece, existe a possibilidade de explorar o potencial urbano de valorização da comunidade e da sustentabilidade na implantação.

O Rochaverá Corporate Towers foi o ponto inicial (1999-2008 / Tishman Speyer). Além da sua localização privilegiada, possui forte identidade arquitetônica e uma implantação que busca a integração com a cidade. Estes conceitos se estenderam aos outros empreendimentos construídos posteriormente.

O Morumbi Corporate seguiu o conceito de urbanidade (2008-2013 / Multiplan); o conjunto corporativo possui calçadas alargadas e ausência de gradis, espaços semipúblicos que se conectam com os edifícios vizinhos e um destaque especial é a praça elevada, com abertura retrátil no teto que permite o controle da ventilação natural aos restaurantes que funcionam ali.

Com design de referência, o WTorre Morumbi (2009-2016 / WTorre S.A.) se destaca por passarelas que conectam 2 torres e criam uma trama especial de diagonais que surpreendem através de experiência única a quem acessa o local.

Em 2010, começa o projeto do Parque da Cidade (2010-2024 / Odebrecht Engenharia > Brookfield Properties). Sua primeira construção foi um hotel 5 estrelas, acrescentando as pontuações necessárias para o conceito smart city neighborhood LEED, onde a multiplicidades de usos é muito importante.
Em 2024, acontece a finalização do Parque da Cidade. O projeto é composto pelo hotel mencionado, um novo shopping, 5 torres corporativas, 2 torres residenciais e um parque linear dotado de restaurantes, passeios, ciclovias, espelhos d’água e outros atrativos, integrados a uma área verde de aproximadamente 22mil m².

O complexo forma um oásis urbano que colabora diretamente no controle do microclima da região. Com certificações LEED (GBC Brasil – Green Building Council Brasil), os projetos apresentam os mais altos padrões de sustentabilidade, pois reúnem soluções como a gestão de água, de energia e dos resíduos sólidos até a redução de CO2, além de otimizar o uso de transportes e oferecer acessos às pessoas que necessitam de uma atenção especial.

Nesse novo cenário, as construções buscam sinergia com o meio ambiente na intenção de criar um futuro promissor à comunidade.